Conheça os diferentes métodos de introdução alimentar

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a introdução alimentar deve se iniciar quando o bebê atinge os 6 meses de idade, respeitando a aceitação da criança e garantindo a oferta de nutrientes diversos. Porém, para que essa transição – que geralmente causa insegurança aos pais – seja tranquila para todos, diferentes métodos de introdução alimentar foram desenvolvidos.

O que é introdução alimentar?

Trata-se do momento em que se inicia a oferta de alimentação complementar à criança além do leite materno. Porém, para garantir que o processo seja saudável e seguro é necessário seguir algumas orientações importantes, principalmente com relação aos alimentos que devem ser oferecidos, quantidade e textura.

A importância da amamentação exclusiva até os 6 meses de idade

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é de amamentação exclusiva até os 6 meses de idade. Isso significa que o bebê deve ser amamentado apenas com o leite materno, sem a necessidade de oferecer chás, sucos, água ou fórmulas infantis, pois o leite contém todos os nutrientes necessários para o crescimento, desenvolvimento e proteção do bebê.

Como iniciar a introdução alimentar do bebê?

No 6º mês já se deve oferecer frutas amassadas ou raspadas e uma papa principal por dia (almoço ou jantar). Já no 7º mês pode-se adicionar a segunda papa principal, e espera-se que a partir do 9º mês a criança já passe a comer, gradativamente, a mesma refeição que a família, com ajustes apenas na consistência dos alimentos.

Quais alimentos oferecer?

Os alimentos oferecidos devem ser variados e ricos em nutrientes, vitaminas e minerais, dando preferência para os alimentos in natura ou minimamente processados. As opções de alimentos a serem ofertados são:

• Cereais ou tubérculos (arroz, batata, milho, mandioca, aveia, farinha de trigo);
• Leguminosas (feijão, soja, ervilha, lentilha, grão de bico);
• Proteína animal (carnes diversas e ovo);
• Verduras e legumes. 

Textura e quantidade

A orientação do Ministério da Saúde varia conforme a faixa etária da criança:

• 6 meses: 2 a 3 colheres de sopa de alimentos amassados, aumentando a quantidade conforme aceitação;
• 7 meses: pelo menos 2/3 de uma tigela de 250ml de alimentos amassados;
• 9 a 11 meses: pelo menos ¾ de uma tigela de 250ml de alimentos cortados ou ainda um pouco amassados;
• Dos 12 aos 24 meses: pelo menos 250ml de alimentos cortados.

Métodos de introdução alimentar

Devido à grande importância dessa etapa para o desenvolvimento da criança, foram criados diferentes métodos de introdução alimentar que podem ser testados pelos pais a fim de escolher aquele que melhor se adequa à sua rotina e à criança. 

Introdução alimentar tradicional

Este é o método clássico, que consiste em oferecer ao bebê papinhas de frutas e legumes amassados e cozidos, além de sucos e mingaus. Idealmente, deve-se oferecer um novo alimento por vez para que o bebê se acostume com o sabor e a textura.

Baby-Led Weaning (BLW)

No BLW o bebê é estimulado a comer sozinho, oferecendo-lhe alimentos em pedaços ou em formato de palitos para que ele explore os alimentos com as mãos, experimente diferentes texturas e sabores, e escolha o que quer comer.

Baby-Led Introduction to Solids (BLISS)

Essa variação do BLW consiste em oferecer alimentos sólidos logo no início da introdução alimentar, estimulando a capacidade de mastigar e engolir. Porém, é importante escolher alimentos adequados à idade do bebê, como frutas, legumes e grãos cozidos, e seguir as orientações do pediatra.

Introdução alimentar participativa

Esse é um método de introdução alimentar que combina a alimentação independente (BLW) e a tradicional, aumentando a autonomia do bebê na escolha dos alimentos sólidos e despertando seu interesse pela comida, enquanto os pais supervisionam a alimentação. 

Entre em contato com a Dra. Flávia Serralha!

Em resumo, existem diferentes métodos de introdução alimentar que podem ser escolhidos conforme a preferência dos pais. Porém, é fundamental contar com o acompanhamento de um pediatra, que orientará a introdução dos alimentos de forma segura e gradual.

Agende uma consulta com a pediatra Dra. Flávia Serralha e tire suas dúvidas!