No dia 2 de maio foi comemorado o Dia Mundial de Combate à Asma, data criada com o objetivo de conscientizar a população sobre essa doença respiratória crônica, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Além disso, com a chegada do inverno no hemisfério sul, a preocupação com a asma infantil aumenta, pois as mudanças de temperatura e a umidade do ar podem desencadear crises. Assim, é importante que os pais e cuidadores entendam mais sobre a asma e como preveni-la.
O que é a asma infantil?
A asma infantil é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que afeta crianças e adolescentes, mas que, se bem tratada, não causa problemas e permite que os pacientes tenham uma boa qualidade de vida. Isso porque a asma permanece “latente” quando bem tratada, mas diferentes fatores podem desencadear as crises asmáticas, como alergias, água fria, exposição ao tabagismo, infecções virais e outros.
Tais agentes desencadeadores das crises de asma infantil provocam uma inflamação das vias aéreas com aumento da produção de secreção, levando a uma obstrução do fluxo de ar. Por isso, um dos mais importantes fatores de prevenção às crises asmáticas é evitar a exposição aos agentes desencadeantes.
Sintomas da asma infantil
Dado que a asma infantil é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias, os sintomas incluem:
- Tosse;
- Chiado no peito;
- Sensação de aperto no peito;
- Falta de ar;
- Respiração rápida e curta.
Esses sintomas geralmente ocorrem em episódios conhecidos como crises ou ataques de asma, e é importante observar que nem todas as crianças têm os mesmos sintomas, assim como a intensidade também pode variar entre as crises.
Quais as causas da asma em crianças?
Acredita-se que a asma infantil seja causada por uma combinação de fatores genéticos (predisposição) e fatores ambientais (agentes desencadeantes). Isso explica por que duas crianças podem ser expostas ao mesmo agente desencadeante e apenas uma delas ter crise de asma.
A importância do controle da doença
É muito importante que os pais estejam atentos aos sinais e sintomas respiratórios da criança para obter o diagnóstico de asma infantil e iniciar o tratamento precocemente. Afinal, quanto mais crises asmáticas a pessoa tiver ao longo da vida, mais inflamadas tornam-se suas vias aéreas e a função respiratória fica cada vez mais comprometida.
Tratamento para asma infantil
Segundo as diretrizes mais recentes do Global Initiative for Asthma (GINA), órgão global que estuda e define o tratamento padrão para a doença, é preciso, primeiramente, evitar ou reduzir a exposição do paciente aos fatores desencadeantes. Além disso, tem-se o tratamento farmacológico, que ajuda a qualidade de vida da criança e evita complicações.
Ele pode ser dividido em duas categorias: tratamento de manutenção (controle) e tratamento de resgate (para as crises). O que define qual medicamento será utilizado para cada paciente e em cada momento, é o “degrau” de controle em que o indivíduo se encontra, além da faixa etária, que é importante para o paciente pediátrico.
De forma geral, o tratamento farmacológico da asma infantil é baseado no uso das “bombinhas”, que podem ser broncodilatadores ou corticoides inalatórios. Assim, o pediatra fará uma avaliação do controle atual da asma de seu paciente e definirá quais as melhores bombinhas a serem utilizadas pela criança. Além disso, é função do médico explicar aos pais e cuidadores a forma correta de utilizar a medicação para que a eficácia seja completa.
Portanto, como a escolha do tratamento para a asma infantil depende da gravidade da doença e da idade da criança, ele deve ser individualizado conforme as necessidades individuais e acompanhado por um pediatra para garantir uma boa adesão ao tratamento e prevenir complicações graves.
Quem ama, cuida. Agende uma consulta com a médica pediatra Dra. Flávia Serralha!