Mãe segurando o bebê após a amamentação em posição vertical, transmitindo calma e segurança durante o refluxo.

Quando o refluxo e o vômito viram rotina no bebê: o que observar e como acolher esse momento

November 18, 20252 min read

"O refluxo é comum nos primeiros meses de vida e, na maioria das vezes, não representa um problema grave. O mais importante é o modo como os pais lidam com esse momento — com acolhimento, calma e segurança. Assim, o bebê sente-se protegido e evita associar a alimentação a desconforto ou medo."

Nos primeiros meses, muitos bebês regurgitam ou apresentam episódios leves de refluxo, o que costuma gerar preocupação e insegurança nos pais.

Embora seja natural, o excesso de atenção, a ansiedade ou a forma como os cuidadores reagem podem transformar o momento da alimentação em uma experiência estressante.

Por isso, compreender o que é refluxo fisiológico e o que exige atenção médica ajuda a manter o equilíbrio emocional da família e o bem-estar do bebê.

Quando o refluxo é normal

O refluxo fisiológico acontece porque o sistema digestivo do bebê ainda está imaturo.

É esperado que pequenas quantidades de leite retornem após a mamada — especialmente nos primeiros meses.

Desde que o bebê esteja ganhando peso, mamando bem e se mantendo ativo, não há motivo para preocupação.

Quando merece atenção

Alguns sinais indicam que o quadro precisa de avaliação médica:

  • Refluxos frequentes e em grande volume.

  • Choro intenso ou irritabilidade após as mamadas.

  • Dificuldade para ganhar peso.

  • Vômitos com força (em jato) ou presença de sangue.

Nesses casos, o pediatra poderá investigar causas associadas e orientar o tratamento adequado.

Como acolher o bebê nesse momento

Mais do que técnicas, o que o bebê precisa é de um ambiente calmo e um cuidador tranquilo.

A tensão e o nervosismo podem aumentar o desconforto e dificultar a amamentação.

Algumas atitudes ajudam:

  • Manter o bebê na posição vertical por alguns minutos após as mamadas.

  • Evitar movimentos bruscos logo após alimentar.

  • Diminuir o ruído e a agitação durante e depois da amamentação.

  • Garantir pausas para o arroto, que ajudam a eliminar o ar deglutido.

Esses cuidados simples, aliados a uma presença afetiva, mostram ao bebê que ele está seguro — e isso faz toda a diferença na forma como ele vive esse momento.

A forma como os pais reagem diante do refluxo influencia diretamente o bem-estar do bebê.

Quando há acolhimento, calma e segurança, o desconforto tende a diminuir e o bebê aprende que o ato de se alimentar é algo seguro.

Mais do que controlar o refluxo, é sobre ensinar o corpo e o coração do bebê a confiar no cuidado.

Dica da Dra. Flávia Serralha:

“Nem todo refluxo é doença, mas toda reação de medo pode gerar insegurança. O olhar tranquilo e o toque acolhedor dos pais são o melhor remédio para o bebê.”

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Dra. Flávia Serralha é pediatra em Uberlândia, especialista em desenvolvimento infantil e prevenção de traumas na infância. Atua com uma abordagem humanizada e baseada em evidências, ajudando famílias a compreender o comportamento e as necessidades emocionais das crianças. No blog, compartilha orientações práticas sobre sono, amamentação, alimentação, saúde emocional e parentalidade consciente, sempre com ciência, acolhimento e prevenção.

Dra. Flávia Serralha

Dra. Flávia Serralha é pediatra em Uberlândia, especialista em desenvolvimento infantil e prevenção de traumas na infância. Atua com uma abordagem humanizada e baseada em evidências, ajudando famílias a compreender o comportamento e as necessidades emocionais das crianças. No blog, compartilha orientações práticas sobre sono, amamentação, alimentação, saúde emocional e parentalidade consciente, sempre com ciência, acolhimento e prevenção.

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