
Quando o refluxo e o vômito viram rotina no bebê: o que observar e como acolher esse momento
"O refluxo é comum nos primeiros meses de vida e, na maioria das vezes, não representa um problema grave. O mais importante é o modo como os pais lidam com esse momento — com acolhimento, calma e segurança. Assim, o bebê sente-se protegido e evita associar a alimentação a desconforto ou medo."
Nos primeiros meses, muitos bebês regurgitam ou apresentam episódios leves de refluxo, o que costuma gerar preocupação e insegurança nos pais.
Embora seja natural, o excesso de atenção, a ansiedade ou a forma como os cuidadores reagem podem transformar o momento da alimentação em uma experiência estressante.
Por isso, compreender o que é refluxo fisiológico e o que exige atenção médica ajuda a manter o equilíbrio emocional da família e o bem-estar do bebê.
Quando o refluxo é normal
O refluxo fisiológico acontece porque o sistema digestivo do bebê ainda está imaturo.
É esperado que pequenas quantidades de leite retornem após a mamada — especialmente nos primeiros meses.
Desde que o bebê esteja ganhando peso, mamando bem e se mantendo ativo, não há motivo para preocupação.
Quando merece atenção
Alguns sinais indicam que o quadro precisa de avaliação médica:
Refluxos frequentes e em grande volume.
Choro intenso ou irritabilidade após as mamadas.
Dificuldade para ganhar peso.
Vômitos com força (em jato) ou presença de sangue.
Nesses casos, o pediatra poderá investigar causas associadas e orientar o tratamento adequado.
Como acolher o bebê nesse momento
Mais do que técnicas, o que o bebê precisa é de um ambiente calmo e um cuidador tranquilo.
A tensão e o nervosismo podem aumentar o desconforto e dificultar a amamentação.
Algumas atitudes ajudam:
Manter o bebê na posição vertical por alguns minutos após as mamadas.
Evitar movimentos bruscos logo após alimentar.
Diminuir o ruído e a agitação durante e depois da amamentação.
Garantir pausas para o arroto, que ajudam a eliminar o ar deglutido.
Esses cuidados simples, aliados a uma presença afetiva, mostram ao bebê que ele está seguro — e isso faz toda a diferença na forma como ele vive esse momento.
A forma como os pais reagem diante do refluxo influencia diretamente o bem-estar do bebê.
Quando há acolhimento, calma e segurança, o desconforto tende a diminuir e o bebê aprende que o ato de se alimentar é algo seguro.
Mais do que controlar o refluxo, é sobre ensinar o corpo e o coração do bebê a confiar no cuidado.
✨ Dica da Dra. Flávia Serralha:
“Nem todo refluxo é doença, mas toda reação de medo pode gerar insegurança. O olhar tranquilo e o toque acolhedor dos pais são o melhor remédio para o bebê.”
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